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Mostrando postagens de março, 2010

nuvem

[apesar do céu] para Everton Behenck vens como convém : em vendavais de viés vertigem & voz a soar miragens eco seduzindo o caracol do ouvido - lá onde eu labirinto - vens de s.o.s.laio em conluio com um sol insano suar meu solo ao "simolhar" seu [im]pacto vens (quase) risco (quasímodo) rastro stratus vez em quando

escritoras suicidas

edição 39 março de 2010 temas : recomeço platonismo chuva uma bela edição, apresentando as novas suicidas: adriana versiani ana próspera carla luma carolina caetano marilena soares priscila lira convidadas : greta benitez lílian maial lucia helena corrêa milena de almeida monika woolf além das escritoras suicidas de outros carnavais . um poema meu, dos três desta edição: são as mágoas de março [ou qualquer fossa assim] eu te chamo de sol a cio tu me evitas luas a f[r]io recordo o início quando tu eras apenas [pó] promessa de tempo bom - aguou - chove a cântaros desde então [ é pau pedra fim caminho esto oco ouco inho aco idro ida ol oite orte aço anzol - só para não sair do tom ] valéria tarelho escritoras suicidas

código genético

remexendo no passado encontrei o teste de dna que comprova: herdei de minha filha o dom da poesia. dom, esse, dominante. hereditário. em 1996 eu nem sonhava escrever poemas; sequer os lia. minha leitura se resumia a livros jurídicos de todos os tipos, tamanhos e pesos. sobretudo, peso. a escrita se restringia a nada poéticas petições, de natureza diversa. mergulhada em processos, códigos, doutrinas, jurisprudências, problemas alheios, mal vi os filhos crescerem. assim, enquanto eu me perdia em papéis, protestos, prazos e advocacia a quatro, não notei que Nick, a caçula das meninas, era pura metáfora. precisava, apenas, ser polida. esculpida pelo tempo que viria. infelizmente, o físico esguio, a morenice, a 'palhacice', o jeito zen, não herdei. mas diz aí se não nasci com a pinta dela? de Nicolle (aos 7 anos) para Nina, que fazia meu papel, enquanto eu, embrulhada em mil papéis, não tinha tempo para a poesia (que vi nascer anos depois. e era a cara da filha). Nicolle, minha meni

gestos

tem gente que não existe. eu sei que não, ninguém me disse. são soldadinhos de papel crepom, bonecas de fondant, super-heróis de bolha de sabão, bailarinas de seda, poetas de algodão doce. de noite, só de noite, à meia lua, quase existem. eu sei que sim. tem gente, assim, etérea, que desmancha a gente [que se acha pedra]. essa gente-lume, tem dedos de delicadeza e olhos de sorrir gentilezas. gente que " luziluzeia" . e, com o mínimo gesto, é farol. e gestos de gente-sol dissolvem rudezas que serpenteiam ao redor da gente [que se sente pó]. palavra. garanto que vi gente-flor pairando na pauta musical de um céu poente. estava nem escuro, nem claro no dia que vi a oitava cor do sonho. mágico, ver gente-íris. que não existe. mas juro que há. juro, sim. para a Jura [cheia de] Cy, que me "poesiou" Declaração Pública de Ternura [Juracy Ribeiro, do jura em cy bemol ] valéria t. t. de textura telúrica tenaz valseira t. de trilha trama perfeitos poemas assim a vejo pão-pão, q

sem mistério

e u adoro feed. a .do.ro a ponto de não viver mais sem. t ornou-se vital [sabe água? pois é algo assim, essencial] porque me supre. n ão preciso ficar de galho em galho [leia-se: blog] em busca de alimento [leia-se: texto]. f ico aqui, bela e formosa [leia-se: bela e formosa], trabalhando em meus poemas, a louça na pia, a pilha de roupas, o test-drive no fogão [bela e formosa, don't forget ] e a atualização de a,b,c,z chega em meu leitor de feed instantaneamente. c omo água. d ireto da fonte. f resca. [ pausa para um aloha a você, que assina o feed do t e x t u r a ] e aí transparece outro lado favorável do feed, o das 'provocações' imediatas. j orra um texto dali, que deságua aqui, desemboca acolá. v ira pororoca. á guas em choque. s e, na natureza, essa força derruba árvores, modifica o leito dos rios, em mim ela opera turbilhões semelhantes. é um estrondo dentro, que não contenho. m ergulho, me banho, surfo. s urto, em ondas. a gito águas mansas. r essuscito mares m

semente

Google imagens "gosto de pão assim: salpicado de sardas. como esses gergelins das tuas costas." ~> continua no proseares ...

aquarius

vamos fazer um trato : divido contigo meus quartos de lua você me atura entre quatro paredes de vidro meu [es]touro ateando fogo em teu [fr]ágil aquári[d]o que taurus? valéria tarelho imagem: "bad aquarius", em allposters.com

haicalos

pés ao alto a preguiça aparece de [as]salto valéria tarelho, em momento zen, na inspiradora companhia de Hamilton Faria.

neologismo I

Google imagens humpty dumpty [p]ovo pólvora palavra : não fui eu que descobri a fórmula mas invento 'palólvoras' explosivas elixir da vida nova arma valéria tarelho – Quando eu uso uma palavra, – Humpty Dumpty disse com certo desprezo – ela significa o que eu quiser que ela signifique... Nem mais nem menos. – A questão é – disse Alice – se você pode fazer as palavras significarem tantas coisas diferentes. – A questão é – disse Humpty Dumpty – quem será o chefe... E eis tudo. Alice ficou pasmada demais para dizer qualquer coisa; assim depois de um minuto Humpty Dumpty começou de novo: – São geniosas algumas delas... Principalmente verbos, são os mais orgulhosos... Com os adjetivos você pode fazer de tudo, mas não com os verbos... No entanto eu posso lidar com todos eles! Impenetrabilidade! É o que eu digo! (...) – Você parece muito esperto em explicar palavras, senhor – disse Alice. – Poderia por gentileza me dizer o significado do poema intitulado “Tagarelisco”? – Vamos ouvi-l

camisa de força

imagem : art.com quero a [to]tal liberdade de não ter escolha simplesmente aceitar o doido amor que a vida doa ficar com ar de boba amar à solta e me amarrar valéria tarelho *update em out/11: publicado no Livro da Tribo 2012 com nova versão [inclusão de um verso na última estrofe]: quero a [to]tal liberdade de não ter escolha simplesmente aceitar o doido amor que a vida doa ficar com ar de boba amar à solta e numa boa me amarrar

sossega, leão !

[trecho] "há um psicotrópico ultravioleta no menu de ofertas" ~> hoje é 14, dia de post no " poema dia " apostei / postei uma tentativa de espelhar a lucidez crua e nua, que, vista bem de perto, pode parecer loucura e dediquei tais linhas de realidade ao Rodrigo de Souza Leão [que, lá de Marte, deve estar dizendo: "mas que merda!"], sem pretensão de homenagem póstuma, afial, "há vida em marte".

casa das rosas

clique na imagem para o zoom

sarau das escritoras suicidas

Sexta-feira, 12 de março, 20h. Casa da Rosas. Av. Paulista, 37, SP Com Virna Teixeira. Convidadas: Assionara Souza, Cida Pedrosa, Florbela de Itamambuca, Patty Flag e Valéria Tarelho. O projeto Escritoras Suicidas surgiu há quatro anos, a partir de um site (www.escritorassuicidas.com.br) que reúne edições temáticas de prosa e poesia de mulheres escritoras e homens que se fingem de mulheres, de diferentes partes do país. Durante a leitura, será apresentada a antologia Dedo de moça, publicada recentemente pela editora Terracota.

passeia aqui por perto

imagem de ElGatox em deviantart.com lá vem o lobo que não é mau e nem é meu mas é o tal tem faro fino pegada firme fama danada que dá no couro lá vem uivando o tal fulano bom pra cachorro valéria tarelho

histórias que a carochinha não contava

carochinha vai virar uma série. vai não, já virou [como os signos, os felinos, os domingos...]. o motivo dessas séries nem eu sei: pode ser que virem livros, pode ser que virem pó, pode ser que nada as justifique. a princípio, essa classificação é um meio de facilitar a nossa vida, pois os poemas de um mesmo tema ficam a um clique, basta acessar a tag desejada. nem te conto conheci um homem e tanto: charmoso inteligente bom de papo depois que o beijei acabou o encanto: puf! virou sapo ainda ouço seu coaxo vindo do brejo em que o deixei cinderelesco ao avesso é bruto grosso podre esse meu príncipe encantado quisera que por encanto: polido refinado no ponto meu pobre namorado fosse brincadeira de criança minha vida é uma ciranda: volta e meia ele meio-que-volta diz um verso bem bonito e sem adeus vai embora bruxas para paulo medeiros feias porcas más [no entanto gostosas nos contos de fodas] * " feias, porcas e más " e " se possível...sejam crianças para sempre "

tem como não amar?

Pituco e o dono dessa voz ainda se lembra de passar por aqui de vez em quando... eu tô que tokyo! ;) update [terça, 1h55] sugestão proveniente de uma madrugada condenada ao tédio, salva pela visita ao blogenerico.zip.net onde me deparei com o seguinte post, assinado por douglas doug [dd]: Intimista Intimista, o nome não poderia ser outro, trazer o artista para perto do seu público sem luzes, produções, palcos e outras coisas, foi a concepção usada esta compilação. Como já disse em outras oportunidades é um privilégio para este que vos tecla a convivência (ainda que escassa no ano que se passou) com este artista, é comum eu assistir passagens de som ou presenciar a descoberta de uma nova harmonia. Procurei mexer o mínimo possível nas gravações, aconselho aos leitores gravarem em CD e ouvir sem fones, em casa ou dentro do carro (foi assim que testei a compilação) por essa caótica paulicéia. O repertório dispensa comentários, Jobianas, Melodianas, Domenicas e Santistas entre outras, tenh

simbiose

s equoia s s ereia s s erpente s - s ecret s - há s empre um ' s ' - s inuo s o-in s inuante - na dança do meu v entre valéria tarelho *ao sidnei , pelos insights nesses longos anos de parceria

essas muralhas maravilhosas

estátua de Joana d'Arc na Catedral de Notre-Dame, Paris parcas, fúrias, musas ninfas, sereias, bruxas lobas, gatas, najas leoas, coelhinhas, cadelas rainhas do lar, da bateria, rainhas-más executivas, voluntárias, escravas atrizes, esposas, meretrizes bregas, peruas, patricinhas rendeiras, liberais, lavadeiras mumificadas, falsificadas, siliconadas fadas, princesas, borralheiras anjos, demônios, santificadas amantes, namoradas, abandonadas... afrodites, julietas, amélias evas, dianas, nefertites junos, medusas, belas cinderelas, rapunzéis, malévolas florbelas, cecílias, coralinas hildas, marthas, lyas madres teresas, mães-menininhas, madalenas... garotas: de ipanema, programa, propaganda das telas, dos tanques, das ruas do olimpo, dos contos, pés na terra... fêmeas, feministas, femininas meninas-poderosas mulheres-maravilhas um ar de maria um quê de marylin um toque leila diniz joanas d'arcs armadas de duplo xis valéria tarelho

vertente

imagem de flickr.com/suneye você oscila entre o azul-morto-de-fome e a sede-verde-jade enquanto isso este meu olho meio amargo meio ao lente se derrete verte rimas transparentes valéria tarelho

o que é, o que é?

me parece óbvio, mas vamos ver se alguém aí acerta:

delírios

poeta de morte valéria tarelho [para líria porto] matei-me aos poucos : atirei rimas a esmo bebi do cale-se do verso saltei do décimo andar do ritmo - sem sucesso - entre um cigarro e um porre a chance que deu certo : ateei poemas no corpo tentativa de assassinato(me) líria porto num estalo sem estilo tolo - desisto do tiro (essa faca cega não me leva a nádegas) estico a corda e me/te enforco num toco de cigarro líria porto é escritora suicida e uma porção de coisas.