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Mostrando postagens de setembro, 2015

recall (lote 62)

destino ou acaso alguma cons_piração dos astros verso escrito no avesso do tempo um estrago um conserto note o fato concreto : fomos feitos no mesmo lote possuímos idêntico defeito e foi preciso uma era para ajustar duas peças raras valéria tarelho

sarauvellosoperez

Assim, tudo junto e misturado, aconteceu: Sarau da Maria, lançamento do livro "No Umbigo do Vento", de Bianca Velloso e a participação especial de Flá Perez no sarau. Enfim, conheci pessoalmente duas queridas. Floripa, Campinas e São José dos Campos eram um só ponto no GPS: Vila Maria - SP. Alguns registros de antes e durante: com o Theo  voz do GPS como "back vocal" e lá no finalzinho, Theo faz gracinha ( não se faz mais neto como antigamente ) com Bianca Velloso, a graciosidade em pessoa com Flá Perez, a AntropoFlágica :)
que para cada doida de pedra como eu, haja um maluco beleza com o seu sorriso. louco seria não querer morar em nosso hospício particular. valéria tarelho

sexta-feira, sua linda

"você é linda  mais que demais você é linda  sim" Que a sexta-feira só não pese na consciência. No mais, que venha obesa, excessivamente doce, sem ser enjoativa! E não se prive de provar o lado adiposo da vida. Prove a sexta em fatias. Sangrando possibilidades. De sobremesa, peça um sonho açucarado. Morda cada pedaço dessa improvável chance de felicidade. Quem sabe, hoje, uma felicidade plus size lhe abrace. valéria tarelho *imagem via pinterest

porque sim

Porque te amo desde a meninice, quando éramos felizes dando alguns passos juntos, em curto espaço. Porque te amei, até quando abaixei o som do teu nome, desliguei o farol de teu sorriso, adormeci teus olhos e me afastei para não atrapalhar teu sono. Em mim. Por anos. Décadas. Tantas que, quando me dei conta, era uma outra vida. A época de pegar ondas deu lugar à correria em terra firme. As contas deixaram de ser mera tarefa, embora continuem sendo um problema resolvê-las. As pessoas com as quais nos relacionamos não são as mesmas. A família cresceu, porque semeamos amor em outros solos e colhemos seus frutos, que levamos no colo, colocamos os rumos aos seus pés. E nesse novo mundo, com novos rostos, novos planos, tudo novo, fui fazer barulho. Teu nome agora ecoa, reacendi o teu sorriso, despertei teus olhos. Fiquei um tempo desacreditando nesse amor, de um passado ainda vivo, mas que acordou em um a realidade diferente. Agora assumo o susto. Assumimos. Somamos. E a mat

engatando a quarta

o que nos reserva esta quarta que permeia a semana, inaugurando a primavera? com que mistério ela - quarta-fértil - trata o solo para que haja colheita farta nas mais improváveis datas e longínquas searas (onde olhares não alcançam). sob que pretexto ela - quarta-fênix - semeia amanhãs em terras onde jamais? por que renasce onde há extensa seca (onde sabe-se que quase nada vinga)? com que constância virá preceder minhas alegorias (de quinta)? quais os teus fins, querida quarta? quem teus reféns, por hoje? que espécie de encanto há no grão que germina em teu jardim, neste setembro pronto para partir? aguardo, ansiosa, tuas mágicas respostas. valéria tarelho quarta-feira, 23.09

Há dunas eras

"Estranho seria se eu não me apaixonasse por você" [nando reis - all star] Estranho não é sentir esta vontade inesperada de querer estar em outro plano, outro planeta: aquele onde eu possa ser o colo que você busca quando bate insegurança, ou quando a cabeça pulsa sem dar refresco. Vontade de ser tuas férias. Tuas datas festivas. Ser teu conforto, lazer, alegria. Teu desejo de retorno no tempo. Estranho não é querer, de uma hora para a outra, te acolher em meu abraço, fazer dele teu abrigo. Ser teu refúgio, teu afago, teu alívio. Teu motivo de vir. De voltar. De não partir. E me armar de forças para espantar teus fantasmas, teus monstros, o temor - invisível - que te causa arrepio. E creio, com mínima margem de erro, que consigo te proteger até do espelho. Teu arqui-inimigo. Pelos poderes do amor que tenho. Espantoso, pouco te sei, mas acredito em tuas falas. Confio no que diz o teu silêncio. Estranho não é necessitar, assim, do nada, assoprar os arranhões do decorrer

amar_elo

o amor é liga. coisa de cola. negócio com ímã. um troço com solda. um treco que gruda. corrente que circunda duas vidas. o que o tal amor une, adere firme, fixa. demora para sair da pele (quando há saída). amar é caro. amar é um barato. amar é doado. amar é doido. doído. cicatrizado. amar é contato. com tato. é algo para ser cuidado. cultivado com zelo, para mantê-lo unido. amar é um elo. um aro. namoro. olho no olho. espelho do outro. amar é riso. amar é raro. amar é isso. anel de ouro. valéria tarelho 22.09.2015

tu

Tu, só tu, me libertas. Tu és todas as janelas, portas e passagens secretas, escancaradas. Tu: as descobertas.  Tu, só tu, me guias. Indicas as vias [aéreas] para a minha fuga.  Meu bater de asas. Evasão,  mas não de ti, nunca de ti:  tu propicias as saídas e, ao mesmo tempo, me enlaças. Em ti. A ti. Me atas. Me atrais. És meu ímã, meu amor. Vida minha. Em ti me encontro solta, pronta para sermos um lugarejo chamado eu e tu. Estância do "nós um". Nosso endereço é no espaço um do outro. Um o número do outro. Tamanho justo. Possuímos, por domicílio, este nosso sonho, que acomoda eu e tu ("nós únicos"), com muito aconchego. Mútuo. Todos os caminhos eram ermos, escuros, até que tu - minha luz - vieste habitar meus ares. Se hoje respiro com alívio, sem auxílio de subterfúgios, é porque tu - minha brisa -  passaste a soprar carícias com esse teu jeito de vento bom. Suave. Necessário para dar movimento, afastar o tédio, renovar  - fora e dentro - todo o meu ser.

ensolarado

não era amor rimava com mar poema em ondas solar era pomar de conchas estrelas do lar chalés de areia era com ar não era amor à sombra era sob ozônio aberto era sem teto demasiado vento 'ultraviolento' refresco condicionado não era amor em si era em sol arado valéria tarelho ‪#‎nãoeraamor‬

assinado eu

tensa

recônditos amores

Peri Pane, música e letra, com intervenção poética de arrudA Parque Vicentina Aranha, SJC, 13.09.15  

água da fonte

Participação especialíssima de Ligia Kamada no show Canções Velhas para Embrulhar Peixes 2   "Será que não nos vimos antes Eu pedra de rio, você diamante Será que não nos vimos hoje No cheiro da chuva ou na água da fonte"

sambinha

Ontem, no Parque Vicentina Aranha, final do show. Gustavo Cabelo, Peri Pane, Otávio Ortega, Ligia Kamada e arrudA E o vídeo oficial, com Peri Pane ~> vale muito ouvir o arrudA declamando tem como não amar?

eu te isso

não quero isso anêmico dispenso isso cênico pálido eu quero isso hemorrágico poético enigmático e peço isso instantâneo anti-histamínico antiácido isso tem que ser elástico flexível movido a jato isso de imediato as demoras causam úlcera cistos criam ácaros as esperas geram riscos edemas filhos dor no ciático e quero isso dopamina a todo custo isso injetado adrenalina pro chilique anafilático isso morfina [amor é isso Estar dopado] isso sem a dor do parto valéria tarelho

ando pelo lado ímpar

Começar o dia (e a semana) com música boa, poesia tanta, emoção sem fim! Apresentação de ontem no Parque Vicentina Aranha, aqui em São José dos Campos. Salve André arrudA, Peri Pane, Ligia Kamada, Otávio Ortega e Gustavo Cabelo! "ando pelo lado ímpar procurando par"

pirâmide alimentar

domingo no parque

Gustavo Cabelo, Peri Pane, Otávio Ortega e arrudA Manhã de domingo, com música e poesia, para que mais? Para melhorar, veio a chuva mudar o show da área externa para a sala Reginaldo Poeta. Poesia que se completa, contempla e nos (en)leva pelas notas das canções. Instrumental, voz ( vozes, com a participação da maravilhosa Ligia Kamada), intervenções poéticas, uma conjunção de delicadezas tornaram perfeita uma manhã cinzenta! Meu domingo amanheceu no céu. E vi os anjos. uma folha de arrudA e uma fã muito fofa :) levei o livro do arrudA que comprei no ano passado para pedir dedicatória, sou boba?   e comprei o cd que tem as músicas do show Love, só love! Perdi a apresentação de "Note" ...não era para já, mas tem um videoclipe aí abaixo, com o Peri: "o que não é pra já, talvez seja para Júpiter" ~> filmei uma parte do show, depois publico aqui no blog Beijos, ótima semana! v

deu match

é domingo - amor - levante vamos à luta vem [vi]ver nosso sonho acredite : lá dá pé lá já somos - para sempre - um par [e ímpares] valéria tarelho *dialogando com esta maravilha do Múcio Góes, minha inspiração de vida! https://www.facebook.com/mucio.goes ** e logo mais tem ‪#‎cancoesvelhas‬ no Vicentina Aranha, com o arrudA (tietagem explícita, me aguarde) *** vamos à música !

seja como flor

o amor é um bulbo de lírio que há vasos deflora meus vazios valéria tarelho ilustração de Carroni

perspectivas

nada sei mas desconfio o amor só é bonito bem distante e de perfil valéria tarelho *imagem via tumblr

insular

não era amor era uma maravilha havia o brilho de orion nos olhos o calor do sol nos poros a paleta de abril no céu da língua uma reserva paradisíaca na esfera fauna e flora não era amor era uma ilha - particularmente - afrodisíaca valéria tarelho

esmero

não era amor era perfeito (feito à dedo) maleável no beijo moldado no abraço modulado no corpo não não era amor nem meio termo era sem sobras sob medida inteiro o amor deforma com o tempo valéria tarelho

'desexistência'

"agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim" joão e maria - chico buarque o reencontro foi na idade do não, trinta e tantos anos após um tempo em que, talvez, pudessem ter existido. quem sabe, sim, com grande chance. mas não, e agora eles não irão juntos ao show da vida real. não, as viagens de férias não serão no mesmo resort, mas eles têm alguma sorte: por enquanto podem trocar ideias e fotografias das paisagens [em que jamais foram vistos juntos]. não, nos natais não estarão entre os presentes. não irão de mãos dadas comprar pão, não trocarão olhares a céu aberto. não, nenhum evento, por menor que seja, aguarda a presença de ambos. juntos. nem mesmo na apoteose do que foi vivido, terão direito ao luto. não. ao menos em público.  como na infância, o não lhes apontando o dedo e moldando o ego. o não em mímica, o não da fala, palavra repetitiva. eco.  aprendemos cedo que significa o que priva, nega, proíbe, impede, impossibilita. bloqueia. o não qu

(go)laço

de nós, pretendo laços. enlaces que não prendam (e arrependam), que não passem aperto, que se desfaçam fácil (em um piscar de dedos) e se construam sem esforço. laços que sejam enfeites: flor de fita no cabelo, lenço estampando o cuidado, laço borboleta: alado (nossa cota de leveza); e, acaso algum fato necessite de firmeza, que apareça o laço aliado: lado a lado, trazendo segurança à trança dos dias, de aparência ingênua. desejo a nós (por alguns anos) essa espécie de laço que a aspereza do tempo e o parco espaço não desatam. camadas de abraços, voltas e mais voltas de beijos, olhar atento ao centro, cascata de riso, carinho, respeito. adorno sobreposto de passado e hoje em diante, um realce ao pacote que a vida trouxe em sua visita mais recente. laço que será para sempre o mais delicado adereço do nosso presente. valéria tarelho

sem título

não era amor era a terça-feira blefando chegou eufórica chovendo sonhos sobre minha cobiça [não era amor era da china] valéria tarelho *não era amor mas parecia* imagem via Google

tudo seu

e assim sendo te ofereço meu subsolo e céu [de bônus este setembro] deixo além dos beijos meus recalques e relíquias um par de asas na cabeça dois mil pés apenas [que não sabem a direção] uma lenda uma lembrança uma leveza algumas pílulas de poesia e suas - pífias - epifanias [também te doo a dor do que sobrou e a delícia que só nós soubemos] valéria tarelho ouça aqui ~>  https://soundcloud.com/val-ria-tarelho/tudo-seu/s-jvnBU

p.s. era total

não era amor era imortal - e tão humano - meu zeus meu urano meu poseidon [e o meu erro foi querê-lo mito além] valéria tarelho

floracão

tão hilda tão eu casca de ferida flor que a poesia (es)colheu valéria tarelho *imagem via tumblr

hotel califórnia

e olhe o teste do Face acertando no alvo !

e se

se [con] sigo seu sonho tenho um pesadelo pra chamar de mel valéria tarelho *imagem via pinterest

praticando o pé no xô

meu mundo cão [you] eu que agora aprenda a [te] enxotar valéria tarelho *dialogando com o super assis freitas https://www.facebook.com/LivrosDeAssisFreitas

orgasmos múltiplos :)

Ter poemas publicados em livros didáticos não é novidade, há alguns anos aparece um convite daqui, outro dali, mas, até então, para livros do Ensino Fundamental. Poemas como o Centopeia, Dona Joaninha e Dona Baratinha, Bolinhas de Sabão, já participaram do aprendizado da garotada na faixa dos 7 a 10 anos e AMO saber que pertenci, de alguma forma, a esse mundinho onde reina o imaginário. Mais que isso, AMO estar viva para acompanhar essas publicações, pois até bem pouco tempo, os didáticos só traziam textos de autores mortos. A grande novidade, motivo do êxtase, do momento inefável, é ter um poema publicado em livro didático do 3º ano do Ensino Médio, ou seja, o famoso "terceirão"! Quem irá ler e debater o texto será um[a] quase universitário[a], que mágico isso! Em 2013 autorizei a Ed. Saraiva a publicar o poema, sabendo que seria publicado em 2015. Imagine as bolhas de ansiedade. Na época já vibrei como final de campeonato, com meu time ganhando. Ok, não tenho time, mas

delirium tremens

a paixão entorpece deixa em transe é um elefante pink na estante [vítrea] de sua sala íntima a paixão é hipnose atinge o sangue percorre cada artéria come uma a uma das suas células a paixão trança as pernas cai aos pés enxerga em zoom carrega na tinta inflama entra em coma morre a paixão é um porre (garçom mais uma dose) valéria tarelho *ouça aqui: ~>  https://soundcloud.com/val-ria-tarelho/delirium-tremens *imagem via Google

mar

O talento de Paulo Medeiros e minha ousadia em aceitar a parceria gentilmente proposta pelo artista, registrados nesta tela. Linda! Tela: Mar (2005), de Paulo Medeiros (Viseu - Portugal) Poema de Valéria Tarelho "A vida vem em ondas como um ..."  Aveiro Museum - jun/2015

lúdico

Hoje espero encontrar, dentro de mim, de ti, de todos, esse ser lúdico, com cabelo tiffany, nariz de cereja, cheiro de infância e que mantém (mesmo que cresça) a poesia no olhar. E, com ele, rir. Rirmos. Chorarmos de rir, derrAMARMOS lágRIMAS de imensa alegria. Sermos, ludicamente, felizes! Sorria, você está sendo "ludificado" ! valéria tarelho