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Mostrando postagens de novembro, 2013

carta de despedida, a seco

peço perdão pelas vezes que falei mal de você, mas, convenhamos, você nunca foi muito maleável comigo; geralmente seco, grosseiro, não atendia meus desejos​, se eriçava ao mínimo clima. paciência tem limite e a minha durou anos convivendo com suas manias! confesse, ao menos na hora da partida, que você tinha vontade própria! o pouco que eu conseguia era a custa de sacrifícios, quase torturas. e xinguei, sim! xinguei mesmo até a sua quinta geração, roguei praga, perdi a conta de quantas vezes me descabelei por sua causa! mas agora que você vai, tudo se torna tão pequeno. todo o trabalho, as horas que levantei mais cedo para cuidar de você, mesmo as rusgas ou as brigas mais sérias em que só o via porque era inevitável, mesmo o seu lado bandido [armado ou preso], vai deixar saudade! e não cabe a mim impedir que você se vá. por mais que eu queira que fique, chegou a hora de encarar nossa separação. espero poder viver sem você, e contornar a sua falta da melhor maneira possível.

flor-de-lis

quando o mundo ao meu entorno outona e a queda torna a trama por um triz de toda perda e tanta espera aflora uma história uma promessa uma pessoa nova em flora valéria tarelho *foto: eu, me despedindo do cabelinho :/

a primeira qt não se esquece

Resumo da ata: 1- senha na recepção 2- pulseirinha para identificar a criança 3- após alguns furos, uma "véinha" boa 4- cafezinho & água pela manhã [o pãozinho já havia sido devorado]  5- almocinho às 11h30, suco e salada de frutas 6- cochilinho da criança após um auê não fotografado [tive reação a uma das drogas da químio e foi preciso desligar a máquina e aplicar uma medicação para reverter o quadro...ufa, ainda estou aqui!!] ~>  próxima em 16/12, no mesmo bat horário e local :)

polissêmica

fator 50

que a sorte  não me solte  na meia idade  nem esse sol  [assasino]  me assalte  no pôr da vida  peço paz  pele de pêsssego  e esta crença  tão criança  que acha: casando passa   valéria tarelho

what would I say [to antônio]

Site que gera frases aleatórias [até poéticas, ou patéticas],  baseadas nas postagens e comentários do perfil no Facebook. ~> aqui:  http://what-would-i-say.com selecionei algumas frases, especialmente para Antônio:

garoa

algumas gotas [poucas] incidem. insistem, quando a maioria aguarda a vez [voraz] de lavar a alma do domingo. fiz minha caminhada pisando em lágrimas [e rimas]. valéria tarelho *imagem via cptec

Código Coletivo

Exposição ocupou duas salas de vídeo do Memorial do Rio Grande do Sul, durante a 57 Feira do Livro de Porto Alegre.  Uma experiência poética em QR CODE, tipode matrix barcode ou codigo bidimensional (use o leitor de QR CODE para visualisar os poemas no seu celular). Curadoria de Sandra Santos   100 poetas contemporâneos  Ademir Antonio Bacca - Ademir Assunção - Ademir Demarchi - Alberto Al-Chaer Alexandre Brito - Allan Vidigal - Alma Welt - Alvaro Posselt - Ana Melo - Andrea del Fuego -Andreia Laimer - Antonio Carlos Secchin - Armindo Trevisan - Astier Basilio - Augusto Bier - Barbara Lia - Barreto Poeta - Carlos Seabra - Celso Santana - Claudio Daniel - Cristina Desouza - Cristina Macedo - Diego Grando - Diego Petrarca - Dilan Camargo - E. M. De Melo e Castro - Edson Cruz - Eduardo Tornaghi - Elson Fróes - Estrela Ruiz Leminski - Fabio Bruggmann - Fabio Godoh - Fabricio Carpinejar - Floriano Martins - Frank Jorge - Frederico Barbosa - Gilberto Wallace Battilana - Glauco Matto

há braços

imagem via  https://www.facebook.com/eumechamoantonio pretendo nós  - antônio -  sem espaço  entre os corpos  e o amasso valéria tarelho *recados para antônio

cobra cega

babo de fúria   me faço de boba                                                 [ o que os olhos não ouvem                              os dedos calam                               a boca não cheira ]   aquela estampa   em rouge - na cueca -   foi só um bote da colega valéria tarelho

ressuscitamos

www.escritorassuicidas.com.br  edição 44 | outubro de 2013  temas: rede | cuspiu no prato que comeu | outubro rosa o time oficial, reforçado adelaide do julinho | adriana brunstein | adriane garcia | adrienne myrtes | alice barreira | ana criolina | ana flor | ariana zahdi | assionara souza | aymée de holambra | bernadete reutman | carla diacov | carla luma | carmem de maio | carolina caetano | célia musilli | daniela delias | ellena beatrice | gabriela franco | gertrudis de ville | heloisa defarge | isadora galvão | jane sprenger bodnar | julya vasconcelos | jussara salazar | larissa marques | lia beltrão | lídia | líria porto | luísa mendez sá | mafalda mautner | mara coradello | maria josé de dirceu | marilena soares | mariza lourenço | melissa campos | nanda prietto | nina rizzi | patty flag | priscila lira | priscila merizzio | ro druhens | roberta silva | sabina m | silvana guimarães | simone santana | sonia viana | suzana bandeira | tati skor | tatiana alves |

aquela que não vale o pra[n]to

eu sou aquela que não me acho e você acha o máximo. sou aquela que escreve para matar o tempo. que se escraviza para morrer em sílabas. e você, vida, vibra a cada investida. rasteja por um ataque suicida. eu não era assim, tão árida. e não sei quando mudei. muito menos onde, doce, encruei.  nada trouxe na sacola de memórias. vim só. oca. cheguei sem so[m]bra. transmutei-me em pó antes do fim. desconheço o endereço do sorriso sem motivo. nem imagino a caixa postal das respostas tolas às perguntas idiotas. eu não moro mais no apê em mim. parti. estou partida. tão caco, que não caibo em mosaico algum. todos os porquês ainda estão aqui e ali, no meio de minha bagunça, perdidos em um silêncio que faz eco. dúvidas ocultas em um pensamento cego. há interrogações intactas sob os escombros. e um retrato sem rosto. a três por quatro. encontraram um corpo. fragmentos distribuídos em cômodos. sou eu. dizem as línguas vizinhas.  reconheceram pelo modo ímpar de não causar mínimo

agende-se

Livro da Tribo [agendas bianuais] 2014/2015 todos os modelos esgotados - obrigada a todos que adquiriram! ~*~ Não comprou sua agenda 2014/2015? Consulte a loja virtual da Editora da Tribo , há vários modelos disponíveis!  ~*~ Colecionadores e amantes da poesia:  edições anteriores a 2013  com precinho especial.  Consulte:  vtarelho@gmail.com ~*~ Modelo grande, capa tradicional  - esgotadas Capa dura em papel couché impresso em cores. Garras de duplo anel (Wire-O), com mais resistência e acabamento mais discreto. Formato grande  14 X 21 cm, 424 páginas, miolo bianual com um dia por página. Com índice telefônico. outono - esgotada coruja - esgotada borboleta - esgotada sax - esgotada Modelo compacto, capa tradicional - esgotadas Capa dura em papel couché impresso em cores. Garras de duplo anel (Wire-O), com mais resistência e acabamento mais discreto. Formato compacto 14,5 X 17 cm, 352 páginas, miolo bianual com sába

exata_mente

curto poema enxuto poema prolixo chuto [às vezes marco um pênalti] valéria tarelho * foto do livro de Jiddu Saldanha e Herbert Emanuel, que ganhei em um concurso na comunidade "poema enxuto" , com o poema "viúva negra" - Orkut - 2005

frágil, contém poemas!

Livro da Tribo 2014/2015 [agendas bianuais]

fêmea biografia

era uma das inúmeras mulheres de chico ainda é mas isso limita-se a um ciclo feminino valéria tarelho *foto via ofoliao.com.br

spoiler

mocinha, bandido, galã, vilão, o belo, o feio, na pobreza, riqueza, novo, velho...  bem ou mal, no final deste duelo, todos [de posse de seus sonhos, seus pesadelos] morrem.   valéria tarelho

nunca se sábado

onde você aos sábados em que boca seu hálito seu olfato seu arfar seu ofertar o afã o êxtase o arrefecer em que [a]braço você mora de que jeito a provoca [e se na hora exata meu nome lhe escapa peito a fora] por acaso neste ato seu texto toca alguma fêmea forma ela é feita de poema ou prosa farta           ? não quero saber valéria tarelho

inconcebível

morrendo para que lado voam os versos que não ventei as versões do ser que somo em quais corpos serão sopro [com que voz soarão meus ais quem os motes assombrarão dias e noites  ]              ? morte é poema escrito logo ao conceber valéria tarelho * imagem: tipografia ampulheta, de Paloma Martins

free

o amor, que foi ali comprar cigarros, largou o vício do casamento.

eu te chamo, antônio

nasceu no verso esse antônimo para chamar de meu amor platônico valéria tarelho * série: recados para antônio * foto: Ed. Intrínseca

gaivotas

imagem de  https://www.facebook.com/eumechamoantonio entre minhas aspas - e pernas antônio - penetram falas áridas [úmidas ideias] voe [vire-se] inove 'palávidas' ouse asas 'libertine-se' valéria tarelho *série: recados para antônio