Pular para o conteúdo principal

Livro



O AMOR Nem Sempre Tem o Mesmo CEP
poesia
Valéria Tarelho
Ed. Penalux
2016


Disponível na Livraria Virtual - clique aqui



via @li_teraturando , por Vinícius Linné


- Já li dezenas de livros sobre a arte de escrever bem. Já fiz também alguns cursos de escrita criativa. Nenhum deles, porém, me ensinou tanto quanto já aprendi com Valéria Tarelho. Desde que a conheci meus poemas mudaram radicalmente. 
Antes, eu era prolixo, precisava de longas explicações, divagações sentimentais que cobriam páginas e páginas. Depois do “vem da Val”, eu entendi que a palavra tem muito mais alma do que eu supunha. Que seu som lhe dá corpo, forma, gosto. Depois dela, eu entendi que precisava dizer mais com menos. Cortar, reduzir, pensar, ouvir o que eu escrevia. Sentir. Mas sentir de outro jeito. Sentir como ela sente.
A Valéria é pura intensidade em cada letra. Palavras exatas, linhas enxutas e tudo dito ali, no espaço entre o título e o ponto. Isso é um dom. Desenhar com as palavras como ela desenha, transformar “s.o.s.laio” em pedido de socorro, prender o amor em uma “alma-algema”, brincar até com o inglês no meio do poema: “save
me
[my love] [my slave]
salve
se”
Fiquei tão feliz quando recebi “O amor nem sempre tem o mesmo CEP”. Porque cada poema é uma aula. A cada leitura eu fico mais embasbacado com a maneira como ela consegue fazer som e sentido se encontrarem assim, de uma forma tântrica até. São poemas de amor e desamor, mas que fogem a todos os clichês pensados, que inovam os sentimentos e os modos de se descrevê-los. São poemas para se ler, para se sentir e, acima de tudo, para se aprender como se faz. O amor. Ou os poemas.



Comentários