Sexta-feira no semáforo, emparelhados, aconteceu a chance que vivo pedindo aos céus, mas amarelei naquele vermelho tão favorável. Se eu virasse o rosto para o seu lado, fatalmente abriria o jogo, enviaria beijos, desenharia coração no ar, te convidaria a me seguir, a me sonhar, ou que me ouvisse (ao menos enquanto o verde não viesse). Mas não, nem sei se você notou que eu estava ali, olhando para o lado oposto, fingindo que nada de mágico acontecia. Os anjos fizeram o dever de casa nos aproximando, mas eu deixei em branco a pergunta da prova, com receio da resposta estar correta. Zerei. Comi bola, mas você também não colabora e ficou na sua zona de conforto. Sigo assim, deixando o que sinto ficar subentendido. E livre de pagar outro mico. Assinado eu, manequim seu número, mas você não experimenta para ver como te caio bem. p.s.: precisando de uns ajustes, faço no mesmo instante valéria tarelho