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Mostrando postagens de julho, 2005

almost blue

até aqui deu quase tudo certo quase perto de quase lá quase êxito hesito - quase-equilíbrio - existo - quase-delito - insisto quase que por causa desse quase risco valéria tarelho fotografia © manuela morgado

valium

acordo cedo: neuras indomadas medos mal dormidos bocejo um verso avesso cheio de dedos não-me-toques tiques mal espreguiço vendo a alma ao vício: acendo um café preto requento o cigarro [lembro que o poema que ora escrevo ainda nem foi ao banheiro] acordo cedo com o pé esquerdo pisando nos meus calos valéria tarelho o valium, acima, hoje ilustra o blog de meu amigo Ricardo Mainieri . Maini, uma das minhas manias.

chamado

o branco encobre cores que a brasa abraça e abrevia em cinzas havia um poema na folha em chama há meus ais nos sinais de fumaça valéria tarelho fotografia © joão coutinho
lenta     súbita gritante     muda evidente     oculta ardente     tímida seca     úmida ? desconheço que tipo de visita [íntima] me arquiteta a morte iminente em teus minos braços dédalos dedos labirinto lábio valéria tarelho

fechado para balanço

não conto tudo às paredes do meu quarto que me dão tanto crédito nem dou desconto ao criado-mudo que compra meus segredos (os mais absurdos) acho um preço justo: o que peço e que pago por um silêncio trocado há portas que por importância alguma abro valéria tarelho *posteriormente, este poema foi musicado por Rogerinho Borges.

soturnez

meio que passo pela vida meio que não ao menos, não por inteiro passo ao meio em meio de tarde e tarde da noite pávida, ignoro dos pássaros canoros felicidádiva plena : essa alvorada que acena - ávida ave - rompendo os grilhões da morbidez valéria tarelho

dose dupla II

valéria tarelho - julho/05 nel meirelles - julho/04

dose dupla

desgaiola um verso cantarola no peito e me engana pia solto na vida (passarinho-de-quintana) nel meirelles despais o verso me leva no bico pio avesso desafino filho? [poeminha enjoadinho-de-morais] valéria tarelho nel meirelles - fala poética: link ao lado