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Querido L


Querido L,

Diz aí, mocinho, como desapaixono, depois de todo o riso (tímido e solto) nestes seis meses à beira do abismo? Me conta, menino, para onde direciono essa vontade (crônica) de ser teu abrigo, ninho, colo, em caso de abandono? Como faço para te contar meus causos, calar teus lábios e selar um (im)pacto (poético) com teus olhos? 
Não, criança, eu não me apaixono assim tão fácil, mas sonhei um acesso a teus braços e segui meu faro, sempre em frente. Um dia desses, habitaremos o mesmo abraço. Acho.

Assinado eu, que deixo um rastro desse amor por onde passo. Siga as pistas. Explícitas. Ou evite meu olhar pedinte, me deixando à míngua.

p.s.: Lamento que você seja leigo em códigos. Os meus, de amor e liberdade, por exemplo. E os de Hamurabi.


Valéria Tarelho

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