isso, que chamo de amor, só sei sentir por ti.
isso, que é chama e água fresca, que é sol a pino e
sombra, que é prazer e o pior tipo de dor, que é vida em mim e o fim da minha
paz, tem teu nome e [a]feição.
isso tem teu endereço e idêntico esconderijo. isso tem
teus olhos me sorrindo e atraindo desde menino. isso tem teus braços,
aninhando, junto ao peito, meus suspiros [e sonhos, com o recheio possível].
isso tem deus dedos de midas, dourando minhas pílulas.
tem teus ares - ardores - de marte (vênus que o diga). tem teus modos de homem:
que morre de amores. em mim.
portanto, vida, se isso (que insisto) não for amor, te
faço um pedido: releve.
e se isso for uma febre, quem sabe, um vício ou um antigo
feitiço: que não se quebre
o enquanto.
valéria tarelho
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vVv