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pós-pago

dia após dia
a - dura - vida
empresta um troco
presta um fôlego
dá um extra
credita bônus
na conta do tempo

chispa fagulha crepita
põe pilha
assopra a brasa
queima até
o devido [infalível]
enfim cinzas

a vida é dívida
a perder de vista
contraída com a morte certa

débito pré-datado
amortizado
em incertas parcelas


valéria tarelho

Comentários

Dilmar Gomes disse…
Bonito poema, amiga Valéria.
Um abraço. Tenha um bom dia.
A única dívida, talvez,
gostosa de se enrolar!

Beijo,
Doce de Lira
Lindo poema!
Dívida inegociável... e que se deixa de herança.
Bom demais conhecet teu blog.