imagem: Charles Schulz
o que as letras soltas - perdidas no branco do papel - não ousam, talvez a boca [na boca] cale por si.
deito e fito no teto um silêncio - possível - em que tudo pode ser dito: na língua do beijo, no diálogo do abraço. texto com tato e gosto. de grito.
valéria tarelho
*publicado no tweetsteria em 15.11.10
** um dos textos selecionados para o Livro da Tribo 2012
Comentários
Preciso aprender a gritar tão belamente!
Boa semana.
Quando o intento das letras é o beijo e o abraço que não se compreende e não se alcança: O que fazer?
A mim só resta as letras soltas em qualquer pedaço de papel ou monitor lcd.
Bjs poéticos Valéria
Ahhhhh, Rosangela, hoje eu li algo lindo seu:
Náumaco
Eu que sei
tuas dores.
Não me entrego ao adeus
desertora.
Por que sei:
Povoam e provam
sua fé,
os teus pavores.
Não me atrevo ir.
Corro o risco de voltar
marinheira
que sou... A cada porto
Não parto, nem afundo o navio.
Verei parir você
neste guerrear
- em sítio -
E que vença
mesmo que vencido!
Rosangela Ataíde
~> pois que as letras continuem soltas para o bem de quem a lê :)
Então soltemos... ;)