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blue velvet

quando nem tudo
é veludo
cedo
ao tecido rústico:
qualquer trapo de chita
me veste
quando nem tudo
é azul-íris-dele
me adapto
à cor que me fita:
qualquer par de olhos
me despe
de quando em quando
veludo azul acontece
cru e nu
ele me serve:
amor-sobretudo

valéria tarelho
do baú

Comentários

Anônimo disse…
Contem-pl-ação... brechas que tocam mais que olhos; sentimentos.
Sensibilidade, na flor da alma.
Em entrelinhas... te entrevejo.
Doce, de trapos azuis, nus verdes.
São todos meus olhos... em você? Me adapto, rústico, trapo, me envolvo, veludo, iludo meus sentidos?...
Despem-se cedo minhas vontades... tarde da noite, ainda esperanças insistem sobretudo.
Mas rendo-me à sua realeza...
Como resistir?
Anônimo disse…
Lembrei de Hilda Hilst.
Bom Demais disse…
Mainha, grata surpresa sempre que venho aqui. Esse aí está magnífico!
Anônimo disse…
"quando nem tudo é azul-íris-dele me adapto à cor que me fita: qualquer par de olhos me despe"
Arraso!
Bju n'ocê.
Anônimo disse…
matando saudades e encontrando outro belo poema. bjs
*Kika* disse…
Entrei, conferi e gostei! Lindas e simples palavras, versos in-certos, frases tortas, cheiro de poesia, gosto de prosa, calor de sentimentos!!! Virei sempre!!! Se quiser me praticar, faça uma visita!!! Beijinhos!!!
Maheve disse…
Parabéns pelas belas palavras. Sensual e sutil...
Lindo poema
rogerio santos disse…
verão
nos
teus
versos
que
nunca
se
despe
na
própria
pele
a
veste.

( passei para contemplar )
Anônimo disse…
morrendo de saudades
Anônimo disse…
Valéria, seu poema é maravilhoso. E sua biografia muito criativa. Parabéns.
Rodrigo Capella disse…
Olá, tudo bem? Gostei bastante de seu blog. Gostaria de convidá-la para visitar o meu: http://poemasdorodrigocapella.blogspot.com Abraços, Rodrigo Capella.
Carlos Besen disse…
ótimo ótimo

adoro teus veludos-valery

bj
Anônimo disse…
morrendo de saudades II