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não sei o que existe
entre nossas bocas
que quando sede
não cessa
e quando fome
não sacia

[por mais que eu o tome
por muito que ele me prove]

não sei o que hesita
entre nossas bocas
- aflitas -
que nos engole

e em seguida
regurgita


valéria tarelho

Comentários

Anônimo disse…
belo como sempre. a primeira estrofe, então, perfeita...bjs
Anônimo disse…
É a primeira vez que visitei o seu site e nem preciso dizer que adorei.Galega:)
Anônimo disse…
oi Val,
gostei menos desse poema do que dos outros. Acho que por ele ter menos relações de sentido, enquanto os outros cascateiam noções e tals. Mas de qualquer forma, ainad mantém seu traço distintivo, que é maravilhoso. Beijos!