meu corpo
projeta vultos
do que fomos:
projetos incultos,
sobras obscuras,
escombros,
passado morto...
quando te pressinto
tão íntimo,
que dentro;
tão incontido,
que transborda,
me assombro.
também sinto medo
quando percebo sua sombra
batendo à minha porta
e a atendo.
valéria tarelho
projeta vultos
do que fomos:
projetos incultos,
sobras obscuras,
escombros,
passado morto...
quando te pressinto
tão íntimo,
que dentro;
tão incontido,
que transborda,
me assombro.
também sinto medo
quando percebo sua sombra
batendo à minha porta
e a atendo.
valéria tarelho
Comentários
as sombras
que me assombram
a memória
são tão contidas
e me escurecem
tão fundo
que não batem
mais à minha porta
(batem na porta do mundo)
Nel Meirelles
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Caim gerou Henoc, Henoc gerou Irad, e Irad gerou Maviael; Maviael gerou Matusael, e Matusael gerou Lamec; Lamec gerou Jubal, e Jubal gerou Dostoiévsk; Dostoiévsk gerou Kafka e Kafka gerou sua sombra.
Gênesis 4, 18-22
Arrepiou.... nada haver com minha presente situação, né? rs
Bacino