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atônita II

Há uns três anos, um poeta veio dar um pitaco num poema meu (origami). Na hora pensei: quem é esse camarada e quem ele pensa que é? Mas no fundo sabia que ele tinha razão e que as mudanças que ele propunha ao poema eram pertinentes.
O fato é que aquele intrometido se tornou um grande amigo, meu parceiro no antigo blog (mar & cia) e, como todo bom virginiano, continua com mania de botar ordem no meu barraco.
O poema de ontem, por exemplo: eu olhava para ele e o achava meio estranho, até comentei com outro amigo (Nel Meirelles) que não estava do meu agrado (e recebi nota 6, na escala Nel ;o)).
Eis que me vem o pitaqueiro de plantão, Sidnei Olívio, e apresenta uma versão que amei, achei perfeita e me apossei dela.

Segue o poema atônita, depois da faxina do Sid:

meio tonta tento
(um tanto) atônita
esquecer aquele caso
(quase) bomba atômica

[que (ainda ontens) detona:
"sem cor nem perfume
sem rosa sem nada*]


valéria tarelho
sidnei olívio
vinícius de morais


*nota: o post com a primeira versão do 'atônita' foi removido para evitar que o poema circule por aí fora  do novo formato.

Comentários

Anônimo disse…
Val:

Você, além de todo o talento que possui, mostra neste post uma faceta tua que é louvável e invejável: a humildade. Nesse meio, em que todos olham para o próprio umbigo e o acham o mais belo do mundo, vc tem a sinceridade de citar a participação do teu amigo Sid, de aceitar as sugestões dele. Isso se chama retidão de caráter e eu me sinto honrado e feliz em ser teu amigo também. E teu fã de carteirinha. Meu beijo e minha admiração redobrada.

Nel
Anônimo disse…
É verdade o que o Nel disse Valéria. É bonito de se ver essa alma mansa, aberta para trocas. Principalmente nesse mundo de stars que brigam por brilhos. Êta Valéria que me dá gosto!