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"te espero em páginas não escritas"


Ei, você, mande notícias, via telepatia, ou naquele sonho em que te encontro às escondidas. 
Diga, por engano, quais são seus novos obstáculos, que te conto, sem querer, um quarto dos meus planos arquivados.
Envia, amor, aquele "oi, minha linda". Depois exclui (outra vez) o meu contato. Bloqueia todas as vias (de fato), fecha a boca, morde a língua, se faz de morto, de louco, de quem nunca me viu pintada de ouro pós teu toque de Midas. Posa de bobo, enquanto babo. Feliz da vida com a tua recaída. 
Depois? Depois me adapto, escrevo um livro, boto teu nome no próximo filho. Arrumo outro (melhor: arrumo vários) só para não ficar no vácuo nesse tempo (sádico) em que te aguardo.


valéria tarelho

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