Ainda não inventaram a palavra
que defina este encanto trançado nos cabelos do vento.
Nenhum idioma traduz o modelo
de texto que estamos desenhando. Desconheço exemplo na literatura, com tais
contornos. Com as nuances que o tempo foi aquarelando.
Somos feitos de pigmento e
água. Liquefeitos. Escorrendo. Correndo riscos. Dois rios de longo curso.
Praias do mesmo oceano. Sempre as águas. Que nos banham. Lavam a alma. Sempre a
rima onde nos ilhamos. O abissal do olho.
Não sei quem assina a
coautoria de nossa história. Sei que, no cafuné das horas, se desenrola nosso
melhor enredo.
Nasce um poema no encanto -
inefável - em que nos mesclamos.
valéria tarelho
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em que nos mesclamos.
arrasou.
vVv