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balanço

há barracos que não valem o preparo do terreno. outros, são dignos de uma construção em praça pública. um monumento!

há tragédias que não merecem a plateia. outras, dependendo da circunstância, valem a cena. com direito a aplausos. bis. especialmente as tragicômicas. principalmente se atu[r]o.

há pessoas [dentro e fora dos barracos, com seus textos prontamente trágicos na pauta da língua] que não valem o poema. diria que a algumas, de pouca fala, até cai bem um haicai. seguido, no mínimo, de um hiato. ecos de silêncio.

existem cobranças que não valem o investimento a qualquer título. porque a curto, ou longo prazo, sairemos falidos. 

por essas e outras, economizo amigos. tenho poucos. raros. e caríssimos. com eles não desperdiço quando esbanjo o riso ou gasto saliva no mais prolixo diálogo. com eles ao lado, me sinto a salvo nesta selva-cenário.

não compro certas pessoas. pobres de espírito. caras pra cara... piiiiiiiiiiiiiii !!!!!


valéria tarelho
novembro/2014

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