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delírios

poeta de morte
valéria tarelho

[para líria porto]



matei-me
aos poucos
:
atirei rimas
a esmo
bebi do cale-se
do verso
saltei do décimo
andar do ritmo

- sem sucesso -

entre um cigarro
e um porre
a chance
que deu certo
:
ateei poemas
no corpo





tentativa de assassinato(me)
líria porto


num estalo sem estilo
tolo - desisto do tiro

(essa faca cega não me leva a nádegas)

estico a corda
e me/te enforco num toco
de cigarro


líria porto é escritora suicida e uma porção de coisas.

Comentários

líria porto disse…
só tu, baby - adorei! e teu poema está muito melhor que os versos que o inspiraram!!

besosssssssssss
valéria tarelho disse…
a doida aí, delirando..rss

love U, de lírica!
Vinícius Linné disse…
São sempre bons os delírios teus, mais ainda quando bem acompanhandos.
valéria tarelho disse…
Agradecidas, Vini!

"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam"

empestei da Clarice ;)