Pular para o conteúdo principal

só (e em má companhia)













(eu, no estilo escritora suicida)

no ar, desde 30/12/05, a edição nº 03 de Escritoras Suicidas, cujo tema é solidão.
abaixo, um de meus oito poemas nesta edição (na qual estréio no 'time' principal):

(quis)era uma vez...
notívaga tecelã de auroras,
teço manhãs
entrelaçando sonhos
nos vãos dos dedos.
tranço agoras que urgem,
urdindo horas impacientes
nas tramas de prementes
amanheceres.
enlaço, com temperança,
tênues fios de esperança.
desfaço nós,
disfarço o gris,
bordando, no brocado,
sóis dourados
e céus azuis:
matizes que, porventura, surjam,
entre os novelos
de minha vida emaranhada,
entremeada de estrelas frias
e luas vazias.

noturnal, refugo a luz do dia,
por sabê-la fugidia
e sigo, anoitecida,
(desa)fiando auroras,
cruzando pontos
com a linha desse meu des(a)tino
de Aurora*, arte(in)sã(na),
sonhadora
e só.

valéria tarelho
*princesa Aurora: a bela adormecida

Comentários

Anônimo disse…
Sensibilidade, na flôr d'alma...
Belíssimo poema.
Anônimo disse…
tá tudo tão diferente aqui. tava com saudades de teus poemas, valéria. bjs
Anônimo disse…
Ai que o blog tá lindo!! Ahhh, eu também quero um bonito assim. Beijomeu.
rogerio santos disse…
O verão da Lapônia mora nesses versos !!!

Beijos
Rogerio
Anônimo disse…
belíssimo poema, belíssimo blog, belíssima tez(ce)te(z)ce tec(ss)(e)tura no ar que te quer arquitetura das (pa)lavras por entre letras parentes das (pa)larvas por entre parênteses a brincar de esconde esconde...