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a teus pés

aos domingos
sinto vontade
de jogar
ócio para o alto
e assistir caindo
- veloz
via remoto
[des]controle -
até tocar o solo

[ouço até o baque seco
do contato com o asfalto
vibro ao sangue
da não vida se esvaindo]

neste domingo
foi diferente: tive sede
gana de deixar tudo aí
no limbo tv
no lodo net
e simplesmente saltar
- saturado satélite -
do último andar
de um livro de ana c.

[livre
assim como ela:
ave]

valéria tarelho

MOCIDADE INDEPENDENTE

Pela primeira vez infringi a regra de ouro e voei pra
cima sem medir mais as conseqüências. Por que
recusamos ser proféticas? E que dialeto é esse para
a pequena audiência de serão? Voei pra cima: é
agora, coração, no carro em fogo pelos ares, sem
uma graça atravessando o Estado de São Paulo, de
madrugada, por você, e furiosa: é agora, nesta
contramão.

Ana Cristina Cesar

Comentários

Anônimo disse…
O resumo do meu porre/ressaca e o tudo muito nada desse final de semana vc explicou COM PALAVRAS.
PARABÉNS, Val! 1bjo e que a sua semana seja produtiva, feliz e cheinha de sorrisos sinceros.
Anônimo disse…
Oi Valéria,
meus votos corroboram os de Mirella!!! Gostei bastante do poema, sólido e insólito. "Peixe grande". Também da prosa, complementar. A significação como a negação de seu contrário. Lindo! Grandes beijos e ótima semana a você à sua família.