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delírio

meus sonhos
matei a sangue frio
aprisionei-os
cortei asas
estrangulei seus anseios

- um a um, sacrifiquei -

e para ter certeza que morreram
atirei-lhes pesadelos


valéria tarelho

Comentários

Anônimo disse…
é isso que se faz dos sonhos? ou é nisso que todo sonho se desfaz?
beijo
Valéria
http://pensar_e_um_ato.blig.ig.com.br/
Anônimo disse…
Val, querida... Aqui é a Chris, a 'Lua' do Meu Enigma... Sabia que eu também perdi muitos dos meus coments, pode isso? Fiquei triste, mas o bloggerman me deixou o endereço ao menos... Casanova pelas circustâncias, mas o talento e apoesia melhores a cada frase... Incrível você!! Me desculpe a demora na resposta, rss, mas névoas andam a me rondar... É poca de lua cheia, e espero que continue bem assim. Beijo imenso, viu?!

www.meuenigma.blogger.com.br
Anônimo disse…
belo delírio poético. linkei você lá no zumbi para não esquecer-me mais daqui. beijos
Anônimo disse…
sobre sonhos e afins..

janelas

o que se espalha
além das janelas
é resto de montanha
e réstias da palavra
que nunca quebrou pedras
escavadas de mar

do lado de dentro
um tanto de poesia úmida
dois sonhos da madrugada
um tango solitário

os versos são as gotas
da chuva que cai
impiedosamente


bj
Nel Meirelles
http://www.falapoetica.blogger.com.br
(onde estarei linkando teu blog.. fiquei fã)
Anônimo disse…
Pesadelo era a tua ausência. Agora, sou eu quem sonhos doces. Você voltou!
Anônimo disse…
cuidado... eles podem renascer, mesmo com tão intragável alimento...
Anônimo disse…
Valeria!! Eu "pus meus sonhos num navaio"... como fez Cecilia Meireles... eles naufragaram... pode ser uma opção quando não há pesadelos bastantes pra sufocá-los!! Grande beijo!!
Anônimo disse…
Muito bonito, quando eu for a Mossoró vou trazer uma flor paara você.
beijos
Flávio