Pular para o conteúdo principal

Postagens

Querido L

Você quase acertou na cor da camisa, errou por uns cinco tons acima, mas a deixou por fora da calça, como pedi. E agora não sei se foi um tremendo acaso, ou se você leu e só confundiu o cereja-beterraba-campari-s anguenosolhos com esse azul (?), meio beringela, com riscas de uma cor que não identifico daqui.  Acho que você nem "pesadela" que te escrevo. E eu não seria eu se deixasse po r isso mesmo. Aguarde o próximo mico. valéria tarelho p.s. Vamos comigo ao correio às 13h? No caminho te explico o que nem eu entendo. 24.10.16

Querido L

Estou nas nuvens, só porque você sorriu e acenou. Sinal que não sou invisível, apesar das transparências.  Só falta me dar seu número. Aí desaguo, como essa garoa que hoje inunda a varanda dos olhos. A vida é muito curta para se esquivar da chuva. Se molha! valéria tarelho

filme de quinta

o que me irrita é que a vida não imita a arte minha sina é amar-te somente em estrofes ricas de rimas pobres valéria tarelho *momento " prozack " p.s. quem sabe um dia a gente encene um poema - clichê, com final feliz. Hoje não, porque chove no cenário que reservei para rolar ( de rir ) com você.

Querido L

Se você não aparecer hoje, o que vou dizer para meus olhos viciados em te ver? Eu não tenho seu telefone, então, leia. Ligue. Preciso te contar uma história que iremos viver. vt p.s. 981xxxx03

Querido L

Venha no sentido anti-horário, virar do avesso minha linha do tempo. Nosso presente é ímã e o futuro é imaginário . No amor e na magia.  valéria tarelho p.s.: Peguei um poema do passado, onde, platonicamente, te pressentia. Obrigada por ter voltado a aquarelar meus dias.

permita-se

permita-se. tão pouco peço a você que me permeia o verso. pernoite. se não possui o endereço, siga sua sombra impressa em cada sílaba. moro em uma frase mal construída, mas ofereço fibra no alimento. [desa]linho no leito. te dou meu teto. um interior aberto, para que você preencha. seja presença. mansa. imensa. caso o medo me impeça de abrir a porta, persista. saiba: não resisto a um argumento de fazer chover por dentro. tente outra vez. insista em gotas. e, quando dentro, deite sua voz ao pé do ouvido. venha [in]vento, precedendo as águas que irão moldar relevos. perceba, eu te reclamo há tempos. e te recebo há tanto nesses poemas piegas. isentos de segredos. valéria tarelho

Querido L

Desde quinta-feira não falo com você. Ou melhor, não balbucio um "oi, tudo bem?". Ontem tropecei quando você passou por mim de carro. Quase beijei o chão. Quase. Espero que você não tenha visto, mas, lá no fundo, queria ter caído, quem sabe você parasse e desse beijinho para sarar. Rindo muito. Liga não, estou na idade da alucinação e você tem sido um colírio alucinógeno.  Amanhã é  outro dia nessa luta insana que é a vida. Talvez eu me arme de coragem e invada seu território, para te dizer umas verdades. Estas que escrevo, para te inserir dentro do meu mundo. Neutro. valéria tarelho p.s.: deixe seu número de telefone na minha caixa de correio. Deixam tanta propaganda lá, seria lindo encontrar algo que eu realmente precise e pretenda usar.