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Querido L



Desde quinta-feira não falo com você. Ou melhor, não balbucio um "oi, tudo bem?". Ontem tropecei quando você passou por mim de carro. Quase beijei o chão. Quase. Espero que você não tenha visto, mas, lá no fundo, queria ter caído, quem sabe você parasse e desse beijinho para sarar. Rindo muito. Liga não, estou na idade da alucinação e você tem sido um colírio alucinógeno. 
Amanhã é outro dia nessa luta insana que é a vida. Talvez eu me arme de coragem e invada seu território, para te dizer umas verdades. Estas que escrevo, para te inserir dentro do meu mundo. Neutro.

valéria tarelho

p.s.: deixe seu número de telefone na minha caixa de correio. Deixam tanta propaganda lá, seria lindo encontrar algo que eu realmente precise e pretenda usar.

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