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Querido L



Eu, que sou céu aberto, te quero com intenção de teto. E te preciso água no meu deserto. Dependendo do contexto, te espero refresco no meu jeito em chamas. Ou o manto que envolve o tempo feio (que oscila entre névoa e gelo).

Eu, que sou um poço de dúvidas, te peço: nunca me digas a que veio. Só necessito da fiel lembrança de sabê-lo. Autêntico. O mais sincero, enquanto habitaste o lado direito do meu verso. 


Valéria Tarelho

Foto: valéria tarelho

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