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lá onde os medos esqueceram de nós



Então, combinado, te encontro lá, onde não importam os rótulos e as essências realçam. Saltam aos olhos. 
Lá, no templo da audácia com delicadeza: frasco mínimo onde ouso suculências, extraídas de flor: os "serás" das cerejeiras; os acasos das acácias​; a perdição dos girassóis (ao teu redor). 
Eu, seu bouquet; você, meu bourbon.
Então, ok, me encante lá, onde o outro não causa espanto. Lá, onde amor via satélite é um escândalo bom. Lá, onde os corpos escrevem as seivas da paixão.
Eu, teu sândalo. Você, meu ópio. Nós, até lá sei quando, promessas de (in)fusão.
Lá, então, nosso lugar ao ócio.
Lá onde não interessam etiquetas e o gostoso é comer com as mãos.
Lá, onde lamber os dedos é ritual de iniciação.


Valéria Tarelho

*imagem via Insta @atualizandostatus

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