não era amor
aquela seca
curada na saliva
era o mero
término
da procura
(homérica)
por algum
destempero
sequer foi amor
o impacto casual
do meu clima (semi)árido
com o tua fala (ultra)
úmida
não
não foi real
não foi invento
no entanto era
pleno
cheio de dedos
plantou delírios
em meu canteiro
de pudor-perfeito
Valéria Tarelho
*folha: presente do Matheus Tarelho
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