Ainda moro lá, naquele beijo que você roubou. E me demoro, em todas as bandeiras que te dei. Não mudo um cheiro de lugar. Não movo o som da sua voz ao pé do ouvido, só porque um aplicativo tornou démodé esse tipo de contato íntimo. Jamais troquei seu riso solto por outros, mais contidos [que, no voar do tempo, me prenderam]. Em alguma curva dessa estrada, perdi de vista o seu olhar. A vida, que era límpida, ficou turva sem você.
Nítido mesmo, só o endereço daquele espaço e tempo nosso. No qual permaneço. E é claro: lá estás.
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