não importa
quando parto
ou como [e se]
aporto
idas e vindas
são um ato
autômato
pausar um porto
ousar outro
zarpar de pronto
é prático
nada
causa vaga
nostalgia
nada
em voga
atinge o âmago
cheia ou rasa
choro ou riso
x ou y
não me impingem
tenho olho
habituado
a todo tipo
de ocaso
todo tempo
de acaso
tenho ilhado
só
cruzo águas
do agora
futuras marcas
não figuram
no meu mapa
mágoas passadas
que resgato
e trago a bordo
não passam de reféns
do ontem naufrágo
não possuo
bens
ou bússula
não há banzo
que comigo
possa
posse [benzinho]?
impossível
valéria tarelho
* ao som de maresia - adriana calcanhoto
quando parto
ou como [e se]
aporto
idas e vindas
são um ato
autômato
pausar um porto
ousar outro
zarpar de pronto
é prático
nada
causa vaga
nostalgia
nada
em voga
atinge o âmago
cheia ou rasa
choro ou riso
x ou y
não me impingem
tenho olho
habituado
a todo tipo
de ocaso
todo tempo
de acaso
tenho ilhado
só
cruzo águas
do agora
futuras marcas
não figuram
no meu mapa
mágoas passadas
que resgato
e trago a bordo
não passam de reféns
do ontem naufrágo
não possuo
bens
ou bússula
não há banzo
que comigo
possa
posse [benzinho]?
impossível
valéria tarelho
* ao som de maresia - adriana calcanhoto
Comentários
sinto o cheiro de seu espaço, cada rastro de seu passo
caminho seguindo em seu encalço nas trilhas de sua poesia
trago rios, salto mundos, atravesso o coração
avesso ao tempo, de objeto (e concreto) só sinto o norte de seu texto.