[ou freudam-se os mitos]
aqui jaz um amor
que nasceu há tempos:
manco cego
mudo surdo
sem braços palato peito
desprovido de sexo
nasceu anencéfalo
o pobre coitado
e – para espanto dos amantes -
o coração pulsou
muitos anos
driblando a morte eminente
:
eros zombando de tanatos
valéria tarelho
aqui jaz um amor
que nasceu há tempos:
manco cego
mudo surdo
sem braços palato peito
desprovido de sexo
nasceu anencéfalo
o pobre coitado
e – para espanto dos amantes -
o coração pulsou
muitos anos
driblando a morte eminente
:
eros zombando de tanatos
valéria tarelho
Comentários
agradeço os recadinhos e todo o rastro de poesia que vocês deixam por aqui.
beijos gerais!
val
jazem aqui
uns tantos
destroços
uns nacos
da fome
que tive
e metade
de mim
(a outra metade
finge que vive)
Nel Meirelles
http://www.falapoetica.blogger.com.br
e eu, que chego às vezes a pensar que sei escrever...
Isso, sim, é poesia!
Beijos...